segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A sustentabilidade na construção civil

Artigo da Jornalista Julianna Antunes, pós-graduada em responsabilidade social empresarial e terceiro setor e com vários trabalhos desenvolvidos em sustentabilidade corporativa e green business, publicado no site http://www.sustentabilidadecorporativa.com/ no dia 10 de novembro de 2009.

Que a construção civil é uma das principais molas propulsoras da economia mundial, isso é inegável. Só para ter uma idéia de sua importância, no Brasil, ela é responsável por 63% da formação bruta de capital fixo e 15% do PIB. Além disso, movimenta por volta de 400 bilhões de reais por ano, sendo responsável por mais de 2.2 milhões de empregos diretos. Sem contar, ainda, a infinidade de empregos indiretos.
Apesar de sua indiscutível importância para o desenvolvimento do país, a construção civil é apontada como uma das indústrias que mais impactam o meio ambiente. Para se ter uma idéia, o setor consome 2/3 da madeira natural e cerca de 50% dos recursos naturais do planeta, sendo grande parte de recursos não renováveis. Além da extração, o processo produtivo também é bastante nocivo. A fabricação de cimento, por exemplo, é responsável por 8% do total de emissões de GHG. Fora a quantidade de material desperdiçado e os resíduos gerados ao final de uma obra.
Falando especificamente do Brasil, uma das maiores dificuldades para implementação da sustentabilidade no setor da construção civil, diz respeito à falta de iniciativas públicas de infra-estrutura, o que acaba elevando, e muito, o custo de uma casa ou um prédio sustentável. Como exemplo mais óbvio, há o fato de termos perfeitas condições climáticas para a utilização de energias limpas, como a solar e eólica, mas concentrarmos o investimento em outros tipos, como a termoelétrica e até mesmo a nuclear.
No mundo já pipocam certificações voltadas para construções sustentáveis, como a americana LEED (Leadership in Energy and Environment Design), mais famosa, e a francesa HQE (Haute Qualité Environment). Há, ainda, a certificação AQUA (Alta Qualidade Ambiental), baseada na HQE, e que vem a ser o primeiro referencial técnico para construções sustentáveis adaptado à nossa realidade. De modo geral, essas certificações se fundamentam no princípio de eficiência energética, uso racional de água, coleta seletiva, qualidade ambiental interna da edificação etc.
Além de uma certificação brasileira, foi criado em agosto de 2007 o CBCS, Conselho Brasileiro de Construção Sustentável, que tem como objetivo induzir o setor da construção a utilizar práticas mais sustentáveis, melhorando a qualidade de vida dos usuários, dos trabalhadores e do entorno das edificações. O CBDS é composto por diversos comitês que tratam de assuntos específicos relacionados à sustentabilidade no setor, como materiais e finanças (além dos óbvios água e energia).
Mesmo com o custo ainda elevado e o tempo de retorno relativamente longo, o setor de construção sustentável já tem grandes iniciativas. Aqui no Rio, na Cidade Nova, está localizado o primeiro prédio brasileiro de grande porte com certificação LEED, que abriga a Universidade Corporativa da Petrobras. E o bom da onda de construção verde é que ela não atinge apenas grandes empreendimentos ou é demandada apenas por grandes empresas.
A construtora Vez das Árvores entregou no final de 2008 o primeiro prédio público sustentável de Santa Catarina, o posto da Polícia Militar e Ambiental da Praia do Rosa. Através da bioarquitetura, os responsáveis pelo projeto se focaram num design que aproveitou a ventilação natural, captação e aproveitamento da água da chuva, iluminação natural, telhado verde, painéis solares e tratamento de esgoto anaeróbico. Além disso, de olho na responsabilidade social, a empresa capacitou mão de obra local e se preocupou com a acessibilidade de toda população.
Não podemos esquecer que nos próximos sete anos, a cidade do Rio de Janeiro, principalmente, se tornará um canteiro de obras por conta da realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas. É uma grande chance que temos não apenas para fazer o que é certo, mas também para criar infra-estrutura e cultura orientadas para a sustentabilidade. Até lá, espero que o custo não seja mais desculpa. Além disso, espero, também, que a atitude da população seja, no mínimo, mais respeitosa ao meio ambiente. Afinal, qual o sentido de morar numa casa sustentável e continuar desperdiçando água, energia e gerando grandes volumes de lixo desnecessariamente?

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Universidade Gama Filho e GamaCoopera, na Educação Ambiental e Serviços Sociais em Vigário Geral e Parada de Lucas

A Concessionária de Transporte Ferroviário S/A - SuperVia - promoveu no dia 24 de outubro, na Rua dos Democratas, entre as comunidades de Vigário Geral e Parada de Lucas, um evento que reunindo diversos serviços gratuitos, como atendimento de saúde, educação ambiental, arte e auxílio a cidadania. O evento contou com a apresentação do Grupo Cultural AfroReggae e um coral de violinos das crianças de Vigário Geral.

Entre os serviços de saúde oferecidos estão medição da pressão arterial, glicosemetria, aplicação de flúor dental em crianças. Na parte de educação ambiental, houve oficinas gratuitas de reciclagem, exposição de trabalhos feito a partir dos recicláveis, palestras e informações sobre controle de vetores de doenças.

O evento foi promovido pela SuperVia e contou com o apoio e participação da Universidade Gama Filho, da GamaCoopera, da Secretaria de Saúde do Município, da Secretaria de Meio Ambiente, do Sesc-RJ, do Grupo Cultural AfroReggae e da Associação dos Moradores de Vigário Geral.


Notícias do Evento


23/10/2009 - 08:19

A SuperVia Concessionária de Transporte Ferroviário S/A promoverá no dia 24 de outubro (sábado), na Rua dos Democratas, entre as comunidades de Vigário Geral e Parada de Lucas, um evento que reunirá educação ambiental, arte e diversos serviços gratuitos, como atendimento odontológico, de saúde e auxílio jurídico. O evento será realizado de 10h às 15h e terá shows do Grupo Cultural AfroReggae, incluindo o coral de violinos das crianças de Vigário Geral.

Entre os serviços de saúde que serão oferecidos gratuitamente aos moradores estão medição de pressão arterial, glicosemetria, aplicação de flúor dental em crianças e informações sobre controle de vetores de doenças.

Na parte de educação ambiental, haverá oficinas gratuitas de reciclagem, visando a geração de renda, exposição de objetos feitos a partir do lixo por pessoas de comunidades atendidas pelos programas ambientais da SuperVia, além de palestras.

"Há oito anos, a SuperVia vem realizando trabalhos sociais aqui em Vigário Geral e este evento é mais uma ação que vai trazer educação ambiental, o que tem sido muito importante para a comunidade", diz a presidente da Associação dos Moradores de Vigário Geral, Luzineide Vieira de Souza.

O evento é promovido pela SuperVia e conta com o apoio da Secretaria de Saúde do Município, da Secretaria de Meio Ambiente, do Sesc-RJ, do Grupo Cultural AfroReggae e da Universidade Gama Filho.

A SuperVia tem investido em educação ambiental todas as comunidades vizinhas às linhas de trem. Com isso, desde 2006, já conseguiu reduzir em 70% o número de lixões às margens da rede ferroviária, que era um problema histórico do Rio de Janeiro.

Ao todo são 225 quilômetros de linhas ferroviárias na região metropolitana do Rio que estão sob concessão da SuperVia.

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