Por Jorge Paulino
Engenheiro Eletricista
Os primeiros humanos no Haiti, também conhecido como La Española, chegaram à ilha há mais de 1000 anos aC, possivelmente 7000 aC.
Em 5 de dezembro de 1492, Cristóvão Colombo ao viajar para o ocidente atingiu uma grande ilha. Mais tarde passou a ser chamar de São Domingos; dividida entre dois países - a República Dominicana e o Haiti - , é a segunda maior das Grandes Antilhas, com a superfície de 76.192 km² e cerca de 9 milhões de habitantes. Com 640 km de extensão entre seus pontos extremos, a ilha tem formato semelhante à cabeça de um caimão (pequeno crocodilo abundante na região), cuja "boca" aberta parece pronta a devorar a pequena ilha de Gonâve. O litoral norte abre-se para o oceano Atlântico, e o sul para o mar do Caribe (ou das Antilhas).
Dados disponíveis em http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_Haiti
Mas para se falar do Haiti, é necessário uma análise social-política deste país.
O Haiti que foi governado pelos franceses, foi a mais próspera colônia no Novo Mundo, possuía uma economia primária baseada no açúcar, que continuaria sendo seu principal produto de exportação. País pobre, e com um grande contingente de analfabetos e com sucessivos regimes ditatoriais, deixaram a economia e a população na linha da miséria. Entre os principais ditadores, François Duvalier conhecido como Papa Doc, apoiado pelos Estados Unidos impôs o terror; com a sua morte foi substituído por seu filho, Jean-Claude Duvalier - o Baby Doc que fugiu com a família para a França.
Novamente o Haiti, passou um período de incerteza até as eleições presidenciais em dezembro de 1990, vencida por Jean-Bertrand Aristide, que logo seria deposto num golpe de Estado sendo reempossado em setembro de 1994 através de uma força multinacional, liderada pelos EUA.
Em 2000, foi feita uma nova eleição, com suspeitas de manipulação e em 2004, Aristide foi novamente deposto.
Em junho de 2004, o Conselho de Segurança da ONU considerou a situação política do Haiti como uma ameaça para a paz internacional e a segurança na região, aprovou o envio da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), liderada pelo Brasil.
No inicio deste ano, um terremoto de proporções catastróficas, destruiu Porto Príncipe e deixou cerca de três milhões de pessoas desabrigadas.
O pior da tragédia do Haiti não seria somente o terremoto, mas o estrago social ..., perdas de vários membros da família; o drama atual da retirada de crianças para “adoção”.
Neste cenário de um horror ainda maior, o Brasil briga com o EUA pela hegemonia do controle de operações no Haiti.
O governo Haitiano encontra-se falido, e quem governará? O Brasil? Os Estados Unidos?
A situação do Haiti agora é mais Humanitária do que política, o Brasil sozinho não terá condições de reerguer a estrutura física, econômica e social desse país.
Com uma economia totalmente devastada e sem perspectiva, o povo poderá novamente cair nos braços de aventureiros.
Mas aliais, em nosso país, já temos muitos Haitis também não resolvidos!!!
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