quarta-feira, 1 de julho de 2009

O papel das Cooperativas na conscientização e disseminação de projetos sócio-ambientais

Por Jorge Paulino
Engenheiro Eletricista
O Brasil é um país privilegiado em termos de recursos hídricos, detemos 12% do total de água doce superficial do mundo e, contamos com um grande volume de água em depósitos subterrâneos.
O privilégio, porém, não é de todos, enquanto os principais municípios do país desperdiçam e poluem a água potável (um volume que abasteceria aproximadamente 38 milhões de pessoas), as populações das periferias dos grandes centros e o nordeste, convivem com a escassez ou com águas insalubres.
Segundo estimativas, até 2050, teremos uma população mundial estimada em nove bilhões de pessoas, e com o processo das atuais mudanças climáticas, teremos como conseqüências, a desertificação das áreas produtivas e florestas, a elevação do nível do mar, o reposicionamento do mapa agrícola causando uma reposição socioeconômica dos países, e impactos sem precedentes na economia mundial.
Cada vez mais precisaremos conscientizar as gerações atuais e futuras do uso eficiente, equilibrado e sustentável dos recursos naturais, gerar responsabilidade de cidadania, comprometimento em relação à questão do meio ambiente através da educação ambiental.
Convivemos hoje nas principais cidades, com o esgotamento da capacidade dos atuais aterros sanitários face ao grande volume de descarte, existem também vários lixões ou vazadouros clandestinos, que em sua maioria são em áreas próximas a rios ou matas.
Com a implementação de programas de coleta seletiva, teremos uma economia dos recursos naturais, aumento da vida útil dos aterros sanitários com a redução da quantidade de resíduos encaminhados, redução do custo em novos investimentos com infra-estrutura para a implantação de novos aterros sanitários, estimulo nas comunidades para a participação na solução de problemas, geração de renda e retirada das famílias que trabalham em condições sub-humanas dos lixões.
No Brasil cerca de 9,7% de todo o lixo é composto por sacos plásticos e 53% das garrafas PETs não são reaproveitadas, com isso, cerca de 4,7 bilhões de unidades por ano são descartadas na natureza, contaminando os recursos hídricos, indo para lixões ou mesmo espalhadas por terrenos vazios, segundo dados do CEMPRE - Compromisso Empresarial para Reciclagem.
Os sacos plásticos são confundidos por peixes e principalmente, pelas tartarugas marinhas, que morrem por obstrução do aparelho digestivo, que junto com as garrafas PETs e outros detritos, que atrapalham a navegação e o escoamento das águas. Os resíduos acarretam doenças endêmicas causadas pela proliferação de vetores, a contaminações dos mananciais através do chorume e do abastecimento de água.
As Cooperativas desempenham um importante papel na sociedade, ao integrar os catadores como uma categoria de trabalhadores, uma iniciativa que possibilita a geração de emprego e renda, e através desse trabalho, a reinserção social.
No aspecto ambiental, a combinação entre a otimização de recursos, programas sistemáticos de reciclagem e ações monitoradas de descarte adequado de materiais apoiadas pelas Cooperativas, conseguirão práticas de atitude responsável em relação ao meio ambiente.
Precisamos todos disseminar junto aos vários segmentos da sociedade, a importância de atuar com responsabilidade no uso dos recursos naturais.
O Planeta agradece...

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