quarta-feira, 2 de setembro de 2009

O consumo verde



Por Fabricio Batista de Oliveira
Profissional de Marketing e Graduando em Administração de Empresas

A proposta do consumo verde é do consumidor priorizar e consumir produtos que sejam ecologicamente corretos e que não agrida a natureza.
Mas existe uma situação que me vem à cabeça: "Será esta a solução dos nossos problemas?"
A idéia de consumo verde vem na contramão de tudo que até hoje nós conhecemos sobre propaganda e marketing, onde a indução do consumo era e é em algumas organizações, o foco do negócio. Comprar, vender, usar, reutilizar e trocar, são palavras que mais se encaixam e melhor soam quando nos referimos a marketing e propaganda.
E sustentabilidade, ecologia e a ecosuficiência, não são palavras que se encaixam com pouca sonoridade quando referimos ao consumo.
Hoje fica mais evidente que o consumidor tornou-se mais atento na contribuição da empresa para a sociedade. O que a empresa faz para ajudar a comunidade, o seu entorno, e o seu papel em tornar o mundo um pouco melhor.
Hoje o consumidor tem a atitude de boicotar o consumo de produtos que não seguem esta tendência.
Um dos fatores mais impactantes neste cenário, e com um importante papel na propagação da idéia de consumo verde, é a proliferação das redes sociais eletrônicas.
Em questões de horas, ficamos sabendo da crise econômica mundial, através da propagação de forma geométrica das informações pelas redes.
Da mesma forma acontece com as organizações que atuam no mercado.
Suas ações, boas ou ruins, são jogadas na rede de computadores e propagadas de forma exponencial.
Sem perder o foco da nossa discussão, eu volto a indagar a mesma afirmação de que o consumo verde não é a solução para nossos problemas.
Acredito que o foco da discussão para que o impacto do consumo seja mais eficiente, é o nível de consumo, e consumo de uma maneira responsável.
As questões que ligam a sustentabilidades seguem uma ordem, um seguimento, um ciclo.
Se eu consumo muito, mais embalagens eu uso, se mais embalagens uso, mais lixo eu gero e assim cria um ciclo de espiral ascendente.
A minha proposta ao consumidor não é o boicote às empresas que não estão na linha da sustentabilidade e do ecológico, mas sim a conscientização do consumidor de que ele deve consumir aquilo que precisa.
Finalmente eu jogo um novo termo "consumo responsável", será que pega?

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4 comentários:

  1. No artigo você fala da importância do Consumo Responsável e eu concordo, mas e quando estabelecemos a meta de eliminar o desperdício, temos que falar não só de postura mas da educação.
    Em um país marginalizado na periferia, e com hábitos consumistas na elite fica difícil estabelecer valores de respeito ao meio ambiente.
    Creio que essa geração que está aí no mercado de trabalho, consumidor de cada novo lançamento, e com a mentalidade de que o “ Status” é o que eu “Consumo”, tornou-se uma geração de difícil reconcientização.
    Torna-se evidente a necessidade de conscientizar a todos, creio que o mais importante seria investir na capacidade de assimilação das futuras gerações e ter nas Escolas a disciplina de Ecologia e Meio Ambiente.
    É preciso virar esse jogo.

    Sds

    Marlon Silva

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  2. Isso mesmo Marlon sua colocação foi perfeita . Parece até que você estava premeditando meu próximo artigo que vou falar sobre Educação dos Consumidores.
    Vamos combinar assim...
    Vou te responder com o próximo artigo rsrsr.
    Mas agradeço a participação!!! E não deixe de comentar o próximo que acho que vai ficar legal !!

    Abç

    Fabricio Batista de Oliveira

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  3. Gostei do artigo e do comentário e concordo com ele "Torna-se evidente a necessidade de conscientizar a todos, creio que o mais importante seria investir na capacidade de assimilação das futuras gerações e ter nas Escolas a disciplina de Ecologia e Meio Ambiente."
    Eu também acredito que as ações devem começar já ou será tarde demais.
    Aqui em São Paulo já existem ações da iniciativa privada de apoio as cooperativas, mas acho que os governantes deveriam também apoiar essas iniciativas.

    Rogério B. dos Santos

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  4. Sim, esta colocação está correta.
    Não adianta traçarmos ações paliativas se não atingirmos o foco da questão que é a educação. E não somente a educação de adultos, mas também a de crianças; quem sabe até com a inserção de disciplinas nos currículos.
    O importante é introduzir na educação destas crianças a conscientização e o papel de todos na defesa do meio ambiente, como bem salientou nosso amigo Rogério.

    Fabricio Batista de Oliveira

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